domingo, 29 de abril de 2018

Um poema, dez estrofes e uma memória.


       A cidade de Fernando Pedroza, conta com o privilégio de ter como poetiza a professora Regina Gonçalves,  um dom dado por Deus. E por esse merecimento, nossos registros históricos ganha dimensão e lisura pelo simples fato, da história local muitas vezes fazer parte das inúmeras poesias que ela escreve com muito amor e dedicação, fazendo uma alusão as suas raízes. Numa edição anterior, mostramos a música do Francisco Cid que outrora, nos remeteu reflexões nostálgicas, conforme o comentário de um(a) estimado (a)  leitor(a) neste blog. 

      Hoje de forma poética, temos a satisfação de publicar este poema que nos traduz de forma sucinta a consistência da luta do nosso povo com intuito de ver este torrão desenvolver e crescer. Daí, é que nos referenciamos para o desvendar e trazer um pouco da formação da nossa identidade local. 

      Segue o poema por título: Minha Raiz.


                                                                                      MINHA RAIZ

                                                        AQUI PRAS BANDAS DO MEU SERTÃO
                                                  ONDE AS PORTEIRAS SE ABRE PRA CAATINGA
Poetisa: Regina Gonçalves 
                                                      ONDE O SOL VERANEIA INTENSAMENTE
                                                         ONDE O SERTANEJO AO VER A CHUVA SE REANIMA.
                                                                
    I
                                                   AQUI NAS TERRAS DE SÃO ROMÃO
ONDE O APITO DO TREM SONORO JÁ ECOOU
ONDE A CULTURA ALGODOEIRA
FOI PATRIMÔNIO DE VALOR.

 II
AQUI NESTA TERRA DE HOMENS VAQUEIRO
QUE A FERRO E FOGO JÁ DOMINOU
O NOVILHO MAIS RÁPIDO E VALENTE
QUE PELA RÍSPIDA CAATINGA UM DIA JÁ EMBRENHOU.


III
AQUI ONDE A MAGIA DO CRIADOR
A PEDRA DO SAPO ESCUPIU
ONDE A HARMONIA DA NATUREZA
AOS OLHOS HUMANOS PERSUADIU.

 IV
AQUI NESTE SOLO ÁRIDO E CALEIJADO
ONDE O HOMEM SIMPLES JÁ CAMPINOU
COM O SUOR DE SEUS ROSTOS
imagem da nossa rica flora

A TERRA SECA IRRIGOU.
                  V

AQUI NESTE SERTÃO TÃO SERTANEJO
ONDE A LUA É MAIS BELA E ILUMINADA
ONDE INSPIRA OS ROMANCES E DESEJOS
DE GERAÇÕES APAIXONADA.


VI
AQUI ONDE O CASARÃO DOS PEDROZA
ABRIGA ENCANTO E BELEZA
ONDE O CENÁRIO HISTÓRICO E POÉTICO
SE HARMONIZA COM A NATUREZA.

VII
AQUI ONDE OS FESTEJOS DE VAQUEJADA
O MESTRE CASCUDO PRESENCIOU
COM SEUS RELATOS ESCRITOS
DIVERSAS VEZES NARROU
AS PROEZAS DOS NOSSOS VAQUEIROS
Casa Grande de São Joaquim
E DESSE ESPORTE AMADOR.
                       
 VIII
AQUI NESTE RECANTO DE CHÃO
ONDE UM PEDROZA SE FEZ PIONEIRO
EM CADA DETALHE DE SUA HISTÓRIA
A BRAVURA DE UM ALTANEIRO.

IX
AQUI ONDE ENCONTRO A POESIA
EM CADA LUGAR QUE PASSO
EM CADA MEMÓRIA VIVIDA
EM CADA CRIANÇA QUE ABRAÇO

 X
AQUI NESTE LUGAR TÃO SINGELO
ONDE FINQUEI MINHA RAIZ
SOU PEDROZENSE, SOU SERTANEJA
SOU UMA SÃO JOAQUINENSE FELIZ.


Fonte:Revista Fatos&Feitos.Jun, 2014.


sábado, 28 de abril de 2018

28 de Abril é o Dia Nacional da Caatinga





Neste sábado (28), comemora-se o Dia Nacional da Caatinga. "É o momento para refletirmos sobre a importância de conservação desse que é o terceiro maior bioma brasileiro e o principal do Nordeste".




O vídeo acima, mostra um dos mais belos locais que a natureza presenteou  a nossa cidade de Fernando Pedroza, o Serrote dos Pau D'arco. Lá encontramos uma grande diversidade da nossa flora sertaneja. 

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Música memorável no surgimento do Povoado de São Romão: Hoje Fernando Pedroza



      Conforme relatos de antigos moradores de São Romão, nas décadas de 30 e 40 do século passado, essa canção trouxe as características de um povoado que estava em ascendência. Ao longo de algumas pesquisas através de fontes orais, constatamos que o autor/compositor da mesma, se chamava Luíz Cid, antigo administrador de Estação ferroviária. Nos dias de hoje, a música permanece viva graças a um cantor regional conhecido por Raimundo Flor.

foto: internet
     Para os que realmente conhecem a história desse município, ao relembrar a letra, buscarão entender as mudanças e permanências (aspecto de análise da História) ao longo dos tempos de povoado, distrito e cidade.
  E assim, buscaremos fazer uma viagem nesse blog, trilhando no passado e no presente de forma gradativa sobre a história de F. Pedroza, embora, com muitas controvérsias e  versões. O fato é que a música, já nos remete algo que algumas fontes revelam.


       Segue a letra...

São Romão, quando a noite vai chegando, a tristeza se aproxima dilacera os corações...

A gente vem pelas ruas tão desertas, não se ver uma porta aberta, não se ouve uma canção...
A gente vem pelas ruas tão desertas, não se ver uma porta aberta, não se ouve uma canção...

Por trás da rua, passa o Rio Pataxó, serpenteando pelo chão em busca de ”cafundó”
Do lado norte tem a praça do mercado, dois bilhar e três bodegas, és aí o povoado...
Do lado norte tem a praça do mercado, dois bilhar e três bodegas, és aí o povoado...
Tem dois hotéis, quiosque e uma Estação, onde passa o trem de ferro apitando sem cessar...

Tem uma usina  que pertence ao Seu Vão Vão é o arrimo dessa gente que habita  em São Romão...
Tem uma usina  que pertence ao Seu Vão Vão é o arrimo dessa gente que habita  em São Romão.

   






Os nossos primórdios: A Pré-história de Fernando Pedroza





Sítio Arqueológico de Fernando Pedroza



      A cidade de Fernando Pedroza, antes conhecida pelos seus mais antigos moradores por “São Romão’, está encravada na Região Central do Rio Grande do Norte, Microrregião de Angicos a 165 km da Capital do Estado, limitando-se a norte com Angicos, sul com Santana do Matos, a leste com Lages e a oeste novamente  com Angicos e Santana do Matos.  
       Para compreendermos o contexto de evolução histórica dessa amável cidade, querida pelos seus filhos e para os que aqui chegam, é essencial trilharmos aos mais remotos manifestos artísticos que outrora se encarregam de deixar registros  fundamentais para o nosso patrimônio, vestígios denominadas de fontes históricas para a memória na contemporaneidade.
       Portanto, a Pré-história faz parte do contexto historiográfico do nosso Município com a descoberta de alguns sítios arqueológicos. Entre estes sítios, destacamos um localizado na Fazenda Canta Galo de propriedade do Sr. Cicero Silvino, (zona rural) numa distância  de  4,5 km's (quatro quilômetros e meio) da zona urbana, lá na exuberante paisagem sertaneja, encontramos uma verdadeira obra da natureza, junto as primeiras manifestações do homem em solo que futuramente daria nome  ao  primeiro Povoado de São Romão, depois Fernando Pedroza.
   Em 2002, o arqueólogo Valdeci dos Santos)  junto com sua equipe, constataram a existência de alguns sítios arqueológicos em terras do então município. Entre estes sítios, destacamos (01) um na fazenda citada anteriormente, lá na exuberante paisagem sertaneja, encontramos uma verdadeira obra da natureza junto as primeiras manifestações do homem em solo que futuramente daria nome  ao  primeiro Povoado de São Romão, depois Fernando Pedroza. O sítio arqueológico é composto painéis diversos com gravuras e pinturas rupestres de Tradição Itacoatiara (gravuras) e agreste (pinturas). Essas descrições são constituídas  de 10 a 13 painéis. Em relação a datação, especificamente neste sítio, ainda não há comprovação definitiva feita através do método do carbono - 14, mas provavelmente são datadas  entre 6 a 3 mil anos atrás, havendo a possibilidade de serem mais recentes conforme alguns estudos em outros sítios arquelógicos no Rio Grande do Norte.

Fonte: Trindade, Paulo Tavares da. Monografia do Curso de História  titulo: De São Romão a Fernando Pedroza: Origem histórica- UERN- 2006.

Um aporte sobre a Feira e o Mercado Público de Fernando Pedroza

            A feira é um local em que além de absorver características econômicas através das negociações por meio de trocas e vendas de d...