Em algumas matérias publicadas anteriormente em nosso blog, fizemos uma alusão da Revolução Industrial na Inglaterra ao povoado de São Romão no Brasil, não pelas grandes invenções que surgiram lá pelo outro lado do Atlântico em meados do seculo XVIII, mas pelos moldes adquiridos de lá pelos que fincaram suas esperança de progresso por aqui.
Rua São José - onde passava a via férrea Estação Ferroviária |
Pois bem, já deu para perceber que nessa pequena e boa terrinha, agricultura a pecuária, as máquinas atrelada a cotonicultura, e até mesmo personagens oriundos da cultura britânica (os Pedroza) e agora a chegada do trem, foram as pilastras para o seu desenvolvimento. Talvez possamos ser um pouco demasiado, mas todos os aspectos citados condiz com a dualidade entre ambos e nos leva a entender porque fizemos esse análogo.
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Sinal/curva da linha férrea em Angicos que destinava a Oscar Nelson |
Como no final da década de 20, os trabalhos da estrada tinham reiniciado, no dia 26 de Setembro de 1932, se concretizava o sonho dos que moravam no povoado, que foi a inauguração da Estação Ferroviária, tendo como agente José Furtado de Menezes. Esse fato propiciou o escoamento da produção econômica e facilitou o transporte de passageiros. Nesse período segundo Aluízio Alves no livro Angicos, "a povoação possuía 164 casas de tijolo, 72 de taipa, 9 prédios públicos em 1932".
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Estação Ferroviária de Fernando Pedroza |
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Dona Maria Soledade |
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Casas das turmas |
Segundo antigos moradores, a extinção do trafego do trem aqui em Fernando Pedroza, ocorreu provavelmente entre os anos de 1966/67 quando a antiga ponte desmoronou com uma forte enchente do rio Pataxó.
Portanto, principalmente para quem não vivenciou tudo isso, imaginemos, o trem passando e parando no povoado, o movimento comercial na Estação, a usina em pleno funcionamento com sua serene tocando para entrada e saída dos operários, a feira na Rua Velha, as missas na capelinha, a plantação e expansividade da produção do algodão nas várias fazendas, inclusive em São Joaquim, o movimento dos agricultores, helicóptero de vez enquanto pousando no povoado, a vinda do presidente Getúlio Vargas por aqui. E ainda, as frequentes vaquejadas, o som da divulgadora através do "boca de ferro" antigo auto-falante que servia para informar o que acontecia no povoado, e atrelado a esse intenso movimento local, as equipes de futebol de campo que se formaram. Percebe-se que para alguns moradores, o povoado viveu um momento "áureo", para outros, "ainda" desenvolvendo. Ressaltamos esses acontecimentos da nossa historiografia, pois a história busca através dos fatos identificar as mudanças e permanência ao longo do tempo.
Portanto, principalmente para quem não vivenciou tudo isso, imaginemos, o trem passando e parando no povoado, o movimento comercial na Estação, a usina em pleno funcionamento com sua serene tocando para entrada e saída dos operários, a feira na Rua Velha, as missas na capelinha, a plantação e expansividade da produção do algodão nas várias fazendas, inclusive em São Joaquim, o movimento dos agricultores, helicóptero de vez enquanto pousando no povoado, a vinda do presidente Getúlio Vargas por aqui. E ainda, as frequentes vaquejadas, o som da divulgadora através do "boca de ferro" antigo auto-falante que servia para informar o que acontecia no povoado, e atrelado a esse intenso movimento local, as equipes de futebol de campo que se formaram. Percebe-se que para alguns moradores, o povoado viveu um momento "áureo", para outros, "ainda" desenvolvendo. Ressaltamos esses acontecimentos da nossa historiografia, pois a história busca através dos fatos identificar as mudanças e permanência ao longo do tempo.
Tenho a impressão que o povoado era mais movimentada que a atual cidade, em todos os aspectos, principalmente econômico
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